sábado, 26 de novembro de 2011

Natal, Humanidade e Religiões: minha modesta opinião...

Embora possa soar paradoxal, sugiro que se use esta época natalina para fazer fato o talvez maior movimento humano baseado em princípios e valores cristãos: lutar pela aproximação das diversas religiões, em nome do futuro pacífico da humanidade. Nilton Bonder menciona no livro "Tirando os sapatos": "Se tudo der certo, daqui a cem anos, o Caminho de Abraão será importante para três religiões, alcançando o inconsciente coletivo do Povo Bíblico que, entre muçulmanos, judeus e católicos, deve somar, hoje, 2,5 bilhões de pessoas. Algo com esta magnitude precisa, necessariamente, ser maior que o conflito que, na atualidade, divide esses fiéis, minimizando-o, tornando-o irrelevante." 

Se somarmos mais 900 milhões de hinduístas, 500 milhões religiosos tradicionais chineses, 400 milhões de budistas e 200 milhões de espíritas e Kardecistas, e pelo menos um amigo meu que é "pan-ecumênico", chega-se a quatro bilhões, quinhentos milhões e uma pessoas. Todas co-responsáveis por justiça e, principalmente, no atual momento, pela preservação da vida humana na Terra. Todos deveríamos estar juntos, curando a síndrome de Hecaton e inserindo humanidade no atual quadro da teodicéia de Mammon, deus da grana, do solipsismo do consumo desenfreado e do niilismo dos desesperados ou preguiçosos.  

No Rio de Janeiro, minha Ítaca, numa manhã nublada, em novembro de 2011

sábado, 29 de outubro de 2011

Reinvenções Bárbaras: conexão de Denys Arcand com Michel Onfrey

Nunca vivida!
Nem experimentada!
Hora da morte...

Muito temida;
Sempre fantasiada:
Auge da vida!

Auge ou final?
Fonte de lamentação.
Prazer? Diversão?

Ódio e razão!
Más Invasões Bárbaras!
Vívido o “não”.

Vida vivida!
Mais Invasões Bárbaras!
Vívida vida!

Cedo tranqüilo,
Ignorante do Norte:
É meu estilo...

Cedo ou tarde
Amigos, mais o que sei,
É o que resta...

Pecador: medo!
Ápice! – grafa Onfrey.
Sábio, só cedo.

No Rio de Janeiro, minha Ítaca, após a Bienal 2011, a leitura de mais um capítulo de “A Política do Rebelde” e a re-visão das cenas finais de Invasões Bárbaras

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mente que te quero. Mente...

Minha mente é o infinito. Vida própria, alta freqüência. Yoga, baixa entropia. Sou eu quem decide se ela decide que eu decido? Jogo de espelhos? Comédias nem tão puras. Origem de tragédias. Pelo menos das minhas. Às vezesd as dos outros; também as fantasiadas. Ideias que se perdem como a mais bela das conchas; aquela que o mar, vez por outra, deixa na beira da praia à noite. E depois recolhe, sem que ninguém perceba. Há som se a árvore cai e ninguém ouve? Há beleza se o mar recolhe a concha? Há ideia que retorna ao estado de pura possibilidade estatística de recombinação de determinadas conexões elétricas? Como o mar, é nossa mente, despreocupada de Koans, mares, árvores, sons ou belezas moralmente, todas  definidas ou filosoficamente desafiadas. Brincalhona, seja em minhas mãos, seja independente. Assim como as boas amantes. Mesmo que não "catemos" os pensamentos, nem prestemos atenção, a mente pode resolver não retomar os insights depositados na areia. Podem lá ficar e não se tornar práxis. Na areia. Ou pode retomá-los e abandoná-los na vastidão infinita de conexões neuronais. Repositório de elétrons, estados quânticos, cidades amuradas ou simplesmente impenetráveis. Idéias que vagam como elétrons, onda e matéria; onda ou matéria. Ideias que voltam ou revoltam, ou que inesperadamente se ganham, em inesperadas conexões. Prováveis, provadas, mas inesperadas. Fagulhas de futuros, sementes de possibilidades. Borboletas desesperadas ou serenas, batendo asas e gerando furacões ou, ou, e também, agradáveis brisas de fim de tarde de dia quente de primavera de ano bom. Mente que não pára. Que não espera. Que nunca mente.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Liberdade

Liberdade é aquele desprendimento consciente para, sem sofrimento, escolher, intercambiar, compartilhar, demover-se, trocar de paixões.

Sintetizada a partir de uma frase num "diálogo definitivo", para o filme e para algumas vidas, em "El Secreto de sus Ojos" (http://www.elsecretodesusojos.com/ ), com o bela metáfora "infanto-luminar" de Janwillem Lincoln van de Wetering (http://en.wikipedia.org/wiki/Janwillem_van_de_Wetering); respectivamente:
:
"El tipo puede cambiar de todo. De cara, de casa, de familia, de novia, de religión, de dios. Pero hay una cosa que no puede cambiar, Benjamín. No puede cambiar de pasión."

"You are eight years old. It is Sunday evening. You are granted an extra hour before bed. The family is playing monopoly. You have been told that you are big enough to join them. You lose. You are losing continuously. Your stomach cramps with fear. Nearly all your possessions are gone. Your brothers are snatching all the houses from your streets. The last street is being sold. You have to give in. You have lost. And suddenly, you know that it is only a game. You jump with joy and you knock the big lamp over. It falls on the floor and drags the teapot with it. The others are angry with you, but you laugh when you go upstairs. You know you are nothing. And you know that not-to-be and not-to-have give an immeasurable freedom."